sexta-feira, dezembro 30

50|1975

You steal my breath like bubbles floating
upwards
downwards

away
beyond
around
toward
from
under
over
into
out-of
Alone with my breath, you have taken my words.

quarta-feira, dezembro 28

terça-feira, dezembro 27

47a|1975

27.12.2011 - coisas aprendidas e interiorizadas

Escrever sobre a as coisas que nos aborrecem, não as resolve ou faz desaparecer. Mas que ajuda, lá isso...ajuda. Depois de as re-lêr, normalmente dá-me para rir. Parece coisa pouca, mas não é.

47|1975

27.12.2011 - um dia para esqueçer.

AQUELE dia não. HOJE  foi esse dia.
Ainda não tinha acordado e ele já estava a correr mal.
Não fiz nada por isso, mas a sucessão de eventos organizou-se de tal forma que inadvertidamente me deparei com um dos piores dias do ano.

1.º Acordei com o som do telefone. Do outro lado, um daqueles familiares que não vemos há anos, está à nossa porta de malas e bagagens...Surpresa, vim passar uns dias - diz com um tom alegre. AH...e trazem companhia. MENOS alegre fiquei eu, pois sem aviso fiquei com a agenda do dia toda trocada. Há surpresas que dispenso, que inclusivamente agradecia que não mas fizessem. Pior, foi o sentimento que tomou conta de mim, sem apelo nem agravo. Não é a primeira vez que estas visitas aparecem, sempre inesperadas. Desesperei, pois apesar de todos os meus esforços para explicar a mim própria que são familia e tal,...parece que cada um faz o que lhe dá na real gana e os outros que fiquem contentes...afinal é uma surpresa que nos queriam fazer. Adiante, porque ainda só vamos nas primeiras horas da manhã. 

2.º Não refeita deste desplante, procurei  - leia-se INSISTI em, depois de almoço retomar o meu esquema diário e abandonei literalmente estas visitas à sua sorte. Não costumo agir desta forma, mas hoje o que foi demais foi demais. A BOA VONTADE, já se tinha ido. E pelos vistos foi mesmo à vida dela, porque quando cheguei ao sapateiro, as minhas botas, que já deveriam estar prontas no dia 21, depois no dia 23 e agora no dia 27 ainda não o estavam. Interiormente ESPUMEI  raiva que dava para matar um pequeno esquilo. Não sei como mas contive-me, a explicação do sr. da BOTA MINUTO acertou-me no coração. "VI que o trabalho nas suas botas não tinha ficado em condições e como percebi que a menina tem um carinho especial por elas resolvi repinta-las". É verdade, aquelas botas têm uma história comigo e verifiquei que elas estavam em cima da bancada de trabalho, a tinta fresca ainda brilhava. AGRADECI e perguntei quando poderia voltar para as buscar, um dia, dois dias...quero apenas que o trabalho fique bem feito. Leve o tempo que precisar...saí comovida e aliviada pelo facto do senhor tratar bem das minhas botas. São só umas botas - podem pensar, mas eu gosto delas.

3.º Começei a  ficar com dores de cabeça, mas resolvi continuar com o meu programa de resolução de "pendentes" e dirigi-me à loja da ZON.

4.º Quando cheguei à loja da ZON, os meus objectivos eram os seguintes: pagar a factura do mês (dentro do prazo), pedir que a facturação relativa ao telefone passasse a ser descriminada e devolver um modem antigo que lhes pertencia...parecem tarefas simples, mas o funcionário que me atendeu achou que não.

 a) - Factura detalhada - isso é confidencial, não lhe podemos fornecer os números...AH? Então. perguntei eu...a factura é minha, o n.º de telefone é meu...quem faz e recebe chamadas sou eu, por EU entenda-se o titular do contrato. "AH COMO COMPREENDE não podemos, tem de ir a ao PORTAL da ZON, registar-se, aceder à sua conta e só ai vê os números para os quais ligou..." INSISTI...de repente o sr. mal sentado, tal qual como se no sofá da sua sala estivesse, lá percebeu que eu queria que na factura que recebo relativa ao serviço que pago, constassem descriminadas as chamadas telefónicas que faço e/ou recebo. UFA! o sr. a esta altura já tinha percebido que eu anotara o nome dele num papelinho. Bom, assunto resolvido. NÃO...FALHA NO SISTEMA...tem de voltar depois. Pedi se não poderia tomar nota do facto, e assim que voltasse a ter sistema... NÃO POSSO FAZER ISSO PORQUE É TRABALHO EXTRA...explicou que não tinha culpa, pensei para comigo, quem não tem culpa é o cliente. Adiante...

b) - "Quero então liquidar a factura" peço eu, "muito bem" diz ele...AH...sabe, "não temos trocos"..."AI" pensei eu..."posso cobrar-lhe mais 0,08€ e depois esse valor será deduzido na sua factura seguinte"...não me perguntem porquê, interiormente ESPUMEI RAIVA que desta vez matava pelo menos 5 esquilos. Misteriosamente não desatei ao berros, DISSE QUE SIM e desejei tratar rapidamente do último assunto que ali me tinha levado. A ESTA ALTURA PENSEI,"vais continuar a ser castigada até ao fim do dia...". Contas feitas, passemos ao assunto MODEM.

c) - ASSUNTO MODEM: Pode ficar com ele ou deitar o equipamento fora, como tem mais de 5 anos já não é nosso, a ZON já não o quer. ÓPTIMO, pensei eu.

d) - Pedi, mais uma vez, se me podia fazer o favor descrito nas últimas linhas da alinea a); "Não" - porque isso é trabalho extra..."Ligue para os serviços da ZON"...pedi para chamar a responsavel da loja..."foi almoçar e só volta daqui a uma hora"... EU VOLTO DAQUI A UMA HORA.  Aqui entre nós, as reclamações nesta empresa são muitas e a responsável merece ouvir cada uma delas. Ouviu a minha que se lixou.

5.º Finalmente o regresso a casa, o telefone toca...do outro lado uma voz muito profissional - "Pode vir buscar o seu certificado relativamente ao MOC". Pronto, cabe-me informar que foi talvez o dinheiro mais mal investido dos últimos tempos, salvam-se as pessoas que conheci.

Comecei a escrever este desabafo às 19H30, são agora 20H30...não estou mais feliz, mas também não estou mais infeliz...só não fiz nada de jeito o dia todo. A esta hora, também já não me apetece fazer nada.

terça-feira, dezembro 13

45|1975

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Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errónea

O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa